Hoje quero falar de selos, de selos do correio é claro.
Há muitos anos que os colecciono graças ao meu amigo Eugénio Guimarães. Foi por volta de 1970 que comecei a coleccionar, como disse, iniciado nessa prática, pelo meu amigo, o que veio a dar no tornar-me filatelista.
Coisa extraordinária, o selo postal!
Entre nós existe desde 1853 e surgiu com a efígie da nossa rainha D. Maria II, e depois continuaram a ser emitidos sempre com os rostos dos monarcas: D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos I e D. Manuel II, tendo, no período da monarquia, sido emitidas apenas 3 séries comemorativas. A primeira em 1894 assinalando o 5º Centenário do Nascimento do Infante D. Henrique, a segunda em 1895 – 7º Centenário do Nascimento de Stº António, e, em 1898 – 4º Centenário da Descoberta do Caminho Marítimo para Índia.
Mas estava eu a dizer que o selo é uma coisa extraordinária e há muitos motivos para tal. De facto, para além da sua função utilitária de selar cartas para que possam circular, o selo é também Arte e História e ainda, em determinados períodos, a acrescentar ao seu valor cultural, surge um valor propagandístico e até ideológico.
Assim, desde logo se compreende que seja altamente coleccionável. Muitos nomes da nossa história pátria se tornaram mais familiares para mim através dos selos. E depois aprendi também a apreciar e ajuizar sobre os desenhos dos artistas proeminentes da praça de diferentes épocas, que eram encarregados de conceber o motivo de cada selo ou então dar largas à sua criatividade, obedecendo, no entanto, a instruções superiores para a concepção de cada selo.
Tendo como base este pressuposto, decidi escrever sobre o assunto, com foco no período do Estado Novo, escolhendo sete emissões filatélicas emblemáticas da ideologia do regime.
Gostaria de ler sobre o assunto? Fique atento. Em breve haverá mais notícias 😉
O autor não segue o AO90