Caminhos de Peregrinação do Tâmega e Sousa

Na senda das grandes movimentações internacionais a ecclesia portuguesa procurou criar alternativas internas em torno de santuários como São Vicente do Cabo, Nossa Senhora de Cárquere, Nossa Senhora da Abadia, Nossa Senhora da Oliveira, Santa Senhorinha, São Torcato, São Frutuoso e São Geraldo. Em apoio aos peregrinos nasceram hospitais, albergarias, vendas e boticas. Ergueram-se pontes e fizeram-se barcas de passagem e sobretudo difundiu-se a ideia que caminhar para os lugares míticos do cristianismo era a convicção que na morte era alcançado o Paraíso.

Os caminhos de peregrinação e de romaria dirigiam-se a sítios onde o maravilhoso religioso se expressava através das preces que se dirigiam a alguns dos santos mais queridos das populações locais. Estes começaram bem cedo, ainda na Idade Média com Santa Mafalda em Arouca para se estender a São Gonçalo de Amarante, figura ímpar na realidade da religiosidade popular nortenha, tal como o culto a São Tiago, em terras de Paredes e Paços de Ferreira, sem esquecer as particularidades do culto a Santa Quitéria, uma das Nove Irmãs bracarenses.

Revitalizar cultos e caminhos de peregrinação é sinónimo de alargar horizontes, porque as migrações religiosas arrastam consigo, tal como outrora, valores culturais, independentemente da fé e das motivações de caráter pessoal.

O livro está disponível para consulta online em: https://caminhosdeperegrinacao.pt/projeto/. Mais informações, contactar: Ader-Sousa – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa.